Para Ahmadinejad, o contribuinte americano está "financiando o assassinato de cidadãos".
Presidente iraniano pede investigação dos atentados de 11/09; para Obama, comentários são "imperdoáveis".
Nova York. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, defendeu, ontem, as declarações polêmicas que deu em Nova York sobre os ataques terroristas do 11/9 durante seu discurso na 65ª Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), e afirmou ainda que os ataques deveriam ser investigados por uma comissão.
"O que eu disse de errado? Os atentados levaram a morte de milhares de pessoas e a invasão de dois países. Minha posição é um serviço ao contribuinte americano, cuja taxas estão financiado o assassinato de cidadãos", afirmou Ahmadinejad. "Vocês não acham que chegou a hora de estabelecer um comitê de investigação sobre os ataques?", questionou.
O presidente iraniano também classificou as guerras do Iraque e do Afeganistão como uma "reação exagerada" aos ataques. "Os americanos não deveriam ocupar o Oriente Médio inteiro, bombardear festas de casamento, aniquilar vilas inteiras porque um terrorista está escondido lá", afirmou.
Ontem, o presidente norte-americano, Barack Obama, classificou de "ofensivas e imperdoáveis" as acusações feitas por Ahmadinejad. Obama declarou que os comentários foram "cheios de ódio". "Foi detestável. E em particular por ele fazer essa declaração em Manhattan, um pouco ao norte do Marco Zero (local dos ataques), onde famílias perderam entes queridos", afirmou Obama.
Reunião com americana:
Ahmadinejad ainda se reuniu, ontem, com a americana Sarah Shourd, libertada pelo Irã no último dia 15 após passar 410 dias presa soba acusação de espionagem. Ela fez um apelo pela soltura dos outros dois americanos que ainda estão detidos, Shane Bauer e Josh Fattal.
"Conversar com o presidente é algo pelo qual rezei na prisão. Eu gostaria apenas de agradecer a ele pelo gesto e por permitir que eu, minha mãe e as mães de Shane e Josh o encontrassem. Foi um ótimo gesto e uma reunião muito boa", afirmou Sarah, sem revelar em que local aconteceu o encontro.
"Vou continuar a me esforçar a todo minuto para que eles sejam soltos. Sinto que meu caso abriu um precedente para que sejam libertados", acrescentou Sarah.
A americana foi solta depois de uma suspeita de que ela tivesse um problema de saúde. No entanto, ela já fez exames e passa bem. "Agora que pude ir ao médico, está tudo bem. Na prisão, isso não era possível, mas eles me disseram que não há nada errado", disse Sarah.
Nenhum comentário:
Postar um comentário