sexta-feira, 17 de setembro de 2010

"FRAUDE DO DPVAT NO PIAUÍ - Advogado preso no Ceará"

Agentes da Superintendência da Polícia Federal do Piauí, juntamente com policiais da Comissão de Investigação do Crime Organizado da Polícia Civil daquele Estado (Cico), prenderam, na manhã de ontem, no Ceará, o ex-presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Parnaíba, Faminiano Araújo Machado. A captura do advogado aconteceu na cidade de Cruz (a 246Km de Fortaleza), no Litoral Leste do Ceará, onde ele estava escondido há, pelo menos, dois meses.

Faminiano teve prisão preventiva decretada em julho último pelo juiz de Direito, Reginaldo Alencar, da Comarca da Parnaíba. Naquela cidade, o advogado é acusado de envolvimento numa fraude contra o Dpvat, seguro obrigatório que cobre os casos de acidentes de trânsito. Além disso, figura como suspeito de ter ordenado um assassinato como queima de arquivo.

Ceará:
A saber que a PF e a Cico estavam no seu encalço, o advogado fugiu do Piauí. Depois de passar por várias cidades, decidiu instalar-se em Cruz. Mas as autoridades acabaram por descobrir o seu paradeiro no Ceará e a operação de captura foi montada.

Conforme as investigações, a quadrilha que seria chefiada por Faminiano Araújo Machado seria a responsável pelo assassinato de um homem no Município de Parnaíba. O crime ocorreu em maio último, quando o corpo do jovem Jean Alves dos Santos foi encontrado com um tiro na cabeça, próximo à sua residência.

Além do advogado, o juiz decretou também a prisão de uma irmã de Faminiano, identificada como Farlhana Araújo Machado. No dia 8 de julho, durante uma operação para desarticular o grupo do advogado, foram detidos Lorena Carvalho e Rogério Nunes da Costa. Rogério é policial militar e permanece preso, desde então, no 2º Batalhão da PM, em Parnaíba. Lorena, mulher do PM, continua sob a custódia da Polícia Civil.

Esquema:
Conforme a Polícia piauiense, a exemplo do quem vem acontecendo no Ceará, a quadrilha do advogado fraudava a liberação de pagamento do Dpvat falsificando atestados médicos, guias de internação em hospitais e certidões de óbito.

A ´primeira´ morte do jovem Jean Alves dos Santos, 29, teria sido forjada pela quadrilha para receber o seguro. Jean teria ´falecido´ em um acidente, o que teria proporcionado para a suposta mulher dele a quantia de R$ 13,5 mil. Mas, a Polícia acabou descobrindo que a ´viúva´ de Jean era, na verdade, a mulher do advogado.

Jean conheceu Faminiano quando perdeu a avó e estava com dificuldades para receber a sua aposentadoria. O jovem caiu nas mãos da Polícia, entregou o esquema e foi morto.

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