sexta-feira, 1 de outubro de 2010

"Nacional, CASO ERENICE - CGU vê indícios de irregularidades"

A Atuação do irmão de Erenice Guerra na UnB tem vestígios de corrupção em contratos de R$ 2 milhões

Brasília. A Controladoria Geral da União (CGU) finalizou, ontem, quatro das nove auditorias sobre os contratos citados nos casos de tráfico de influência que envolveram familiares da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra.

Segundo a auditoria do governo, a atuação do irmão de Erenice na Universidade de Brasília (UnB) tem indícios de irregularidade em contratos de R$ 2 milhões. José Euricélio era coordenador-executivo de projetos na editora da UnB que, segundo o próprio governo e a UnB, não houve comprovação de que o serviço foi feito.

A análise dos contratos que passaram por José Euricélio, contudo, ainda não foi concluída. "A auditoria da CGU, embora ainda não esteja concluída, encontrou indícios de irregularidades relacionadas, sobretudo, à escolha da instituição para a realização dos serviços e ao pagamento de R$ 2,1 milhões por produto que aparentemente não atendeu à demanda estabelecida pelo Ministério das Cidades", informa um comunicado.

Outro ponto analisado pela CGU foi relacionado aos pedidos de financiamento da empresa de energia solar EDRB junto ao BNDES. O representante da EDRB, Rubnei Quícoli, afirma que o negócio não foi viabilizado porque não pagou a "taxa de sucesso" nem R$ 5 milhões, que disse ter sido cobrado pelo ex-diretor dos Correios Marco Antonio de Oliveira, para quitar supostas dívidas de campanha da petista Dilma Rousseff.

O governo analisou ainda a compra do remédio Tamiflu, usado para combater a gripe suína. Segundo a revista "Veja", o ex-assessor da Casa Civil, Vinícius Castro, recebeu R$ 200 mil de propina no caso.

De acordo com a CGU, não foram encontradas irregularidades na contratação de escritório de advocacia ligado ao irmão de Erenice Guerra e na aplicação de multas de uma empresa de mineração do marido da ex-ministra da Casa Civil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário