sábado, 30 de outubro de 2010

"ELEIÇÕES 2010 - Debate tem tom ameno"

José Serra e Dilma Rousseff classificaram de ´fundamentais´ e ´prioridades´ várias das questões feitas pelos eleitores.
FOTO: REUTERS

Com ataques indiretos, Dilma e Serra responderam a perguntas de eleitores indecisos de todo o Brasil.

Rio de Janeiro. Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) evitaram a troca de acusações diretas no debate da Rede Globo, último encontro entre os candidatos antes das eleições. O tom do encontro foi da apresentação de propostas, muitas delas já feitas durante a campanha e nos outros nove debates que aconteceram.

O programa teve três blocos em que Serra e Dilma respondiam a perguntas feitas por eleitores indecisos. Cada candidato respondia a uma pergunta de um eleitor indeciso com réplica e tréplica entre eles.

Serra fez críticas leves ao governo federal em alguns dos temas. Dilma evitou rebater e disse que é preciso reconhecer o que precisa ser melhorado.

Dois eleitores cearenses fizeram perguntas aos candidatos: a costureira Vera Lúcia Gomes, que perguntou como os presidenciáveis resolveriam o problema da insegurança, e o advogado Miguel Hissa, que questionou a proposta dos candidatos para desonerar o salário dos empregados.

Dilma propôs a "política de polícias comunitárias", enquanto o tucano afirmou que pretende criar o Ministério da Segurança Pública.

Com relação à pergunta de Hissa, a petista prometeu fazer uma reforma tributária. Serra também falou sobre "outro esquema tributário".

Corrupção:
Os candidatos fizeram ataques indiretos sobre corrupção. Serra fez críticas ao governo sem citar o nome da adversária e do presidente Lula. "O exemplo tem que vir de cima. O chefe de governo tem que começar dando exemplo escolhendo bem as equipes e punindo quando há alguma irregularidade", afirmou o tucano.

Ele ainda falou dos ataques aos órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU), criticado diversas vezes por Lula. Serra ainda citou o caso dos "aloprados do PT" nas eleições de 2006. "Tem casos que estão insepultos que não foram feitos nada", disse.

Dilma citou escândalo dos sanguessugas de 2006. "Foi na área da saúde, tanto é que chamou de sanguessugas", lembrou. A candidata também defendeu o trabalho da Polícia Federal durante o governo Lula. Segundo ela, foram presas pela primeira vez governadores e grandes empresários. "O importante é investigar e punir, doa a quem doer", afirmou.

Na pergunta mais dura, uma eleitora disse que ambos mostram uma saúde de qualidade no programa eleitoral, e afirmou que, no entanto, a população é "tratada como lixo" nas filas de hospitais.

Para o tucano, o governo encolheu "em seis ou sete" pontos percentuais as verbas para a saúde. A petista disse assumir um "compromisso de jogar o peso" do governo na qualidade da prestação dos recursos para Estados e Municípios.

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