sábado, 16 de outubro de 2010

CAMPANHA - Serra pede para evitar o ´já ganhou´""

O candidato do PSDB classificou de frouxa a forma como foram elaboradas as provas do Enem
FOTO: CACALOS GARRASTAZU/OBRITONEWS.

O tucano criticou o aparelhamento da educação e disse que instituições atuam como "instrumento partidário"

São Paulo. Diante do entusiasmo da militância tucana sobre uma possível vitória no segundo turno, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, procurou pôr o pé no freio e pediu cautela ontem na forma como o partido está se colocando nesta reta final da campanha.

Em entrevista na véspera, o presidente nacional do PSDB e coordenador da campanha, senador Sérgio Guerra, chegou a dizer que o PT não está disposto a entregar o governo. "Já estou vendo gente chamando esta eleição de barato. Mas não é assim, não é fácil não. Ainda temos uma eleição pela frente", disse o candidato, durante evento com educadores em São Paulo. Serra ainda fez críticas à política educacional do governo Lula, classificando de frouxa a forma como foram elaboradas as provas do Enem.

Segundo ele, há um corporativismo e um aparelhamento da educação no país a ponto de instituições do setor atuarem como "instrumento partidário". O tucano referia-se à APOS, uma entidade que representa os professores de São Paulo. "Nosso compromisso com educação não é de momento. Temos que buscar a valorização e o aperfeiçoamento desta área. Há hoje um corporativismo e aparelhamento da educação, a ponto do TSE condenar a APOS por usar o movimento para fins eleitorais e como instrumento partidário", disse o candidato.

Ao criticar o Enem, o tucano foi duro: "Hoje os alunos que tiveram seus cadastros violados estão reféns de bandidos e chantagistas que violaram as provas. Esse é um sistema frouxo".

O candidato disse ainda que o PT pôs o ensino privado no circuito do ensino público. "Eles trocaram vagas do ensino privado para o ensino público através do Pro-Uni. Eu vou manter o Pro-Uni, mas fico pensando se esse programa tivesse sido implantado pelo Paulo Renato (ex-ministro da Educação no governo Fernando Henrique) o que eles já teriam feito - apontou o presidenciável.

Em meio à ´guerra santa´ que vem sendo travada neste segundo turno, em torno de temas como a legalização do aborto e a união civil entre homossexuais, a campanha do tucano, distribuiu ontem, no evento com professores, um santinho com a foto do presidenciável e a seguinte frase: "Jesus é a verdade e a justiça".

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