segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"Ministério Público entra com nova ação sobre sanguessugas"

O ex-deputado federal Jorge Pinheiro e os empresários Luiz Antônio Vedoin e Ronildo Medeiros são suspeitos pelo desvio de mais deR$ 260 mil destinados à aquisição de ambulâncias e equipamentos hospitalares em três município.

O Ministério Público Federal no Distrito Federal ajuizou nova ação de improbidade administrativa contra o ex-deputado federal Jorge Pinheiro e os empresários Luiz Antônio Vedoin e Ronildo Medeiros por envolvimento na máfia dos sanguessugas.

Segundo a Procuradoria, eles são suspeitos pelo desvio de mais de R$ 260 mil destinados à aquisição de ambulâncias e equipamentos hospitalares nos municípios goianos de Água Fria de Goiás, Formosa e Padre Bernardo.

Os três, conforme a denúncia, faziam parte do esquema de fraude a licitações na área de saúde desbaratado em 2006 durante a Operação Sanguessuga.

A quadrilha, composta por empresários, agentes públicos e políticos, agia de forma articulada para que empresas ligadas ao grupo Planam, de propriedade de Vedoin e Medeiros, ganhassem licitações superfaturadas, realizadas com recursos liberados por meio de emendas orçamentárias apresentadas por parlamentares cúmplices do esquema.

No caso dos municípios goianos, a fraude aconteceu em 2003 e teria contado com a ajuda do ex-deputado federal, que teria recebido em troca cerca de R$ 90 mil. Em depoimento, Vedoin e Medeiros afirmaram que parte do dinheiro foi paga em espécie, diretamente ao ex-parlamentar. O restante foi depositado na conta de um assessor, utilizado como laranja no esquema.

Segundo as investigações, entre 2000 e 2005, Pinheiro teria apresentado emendas que beneficiaram a quadrilha no valor de mais R$ 2,3 milhões.

Duas empresas de fachada ligadas ao grupo Planam -Klass Comércio e Representação Ltda e Enir Rodrigues de Jesus EPP- venceram as licitações para aquisição de veículos e equipamentos hospitalares nos municípios de Água Fria, Formosa e Padre Bernardo. Elas receberam cerca de R$ 88 mil de cada prefeitura.

A reportagem não conseguiu contato com os acusados para comentar a ação. (da Folhapress).

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