segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"TUCANOS SATISFEITOS - Tasso destaca a militância"

Tasso cumprimenta mesária ao se dirigir à presidência da mesa da seção em que vota, em Fortaleza
FOTO: NATINHO RODRIGUES

Tasso também quer punição para os filiados ao PSDB que deixaram de apoiar José Serra no segundo turno

O senador Tasso Jereissati (PSDB) afirmou, ontem, que a campanha de segundo turno à Presidência da República fez muito bem ao PSDB do Ceará. O parlamentar disse ter ficado entusiasmado com a militância voluntária que trabalhou no Estado em favor da candidatura de José Serra e disse que o partido já está se reconstruindo. Ele chegou a comparar a mobilização tucana espontânea com a militância petista de outrora e foi claro em dizer que o partido deve punir os possíveis infieis que não seguiram a orientação da legenda nesta eleição.

As declarações do senador Tasso foram logo após ele ter votado. Acompanhado da esposa, Renata Queiroz Jereissati, de familiares, além de líderes e militantes do PSDB, ele se mostrou confiante na vitória de José Serra e voltou a afirmar que o País está precisando encontrar um "caminho consistente" que resgate valores da sociedade.

"Para nós do PSDB, o segundo turno foi maravilhoso. Nós conseguimos mobilizar a militância sem ninguém pago, sem ter que botar gasolina em carro de ninguém e nós vimos o PSDB se reavivar unicamente por meio do coração. Aquilo que há algum tempo ocorria com o PT, aconteceu conosco desta vez", afirmou, complementando que os tucanos do Ceará saem vitoriosos, independente do resultado das urnas.

Diferença:
Com relação à perspectiva de votos do candidato José Serra no Ceará, Tasso disse ter segurança de que a diferença não seria tão grande como no primeiro turno entre Dilma Rousseff e José Serra. Ponderou que a abstenção deve ser levada em consideração, mas disse acreditar em algo em torno de 30% dos votos para Serra, no Estado.

Questionado sobre o nível de agressividade que a campanha tomou, sobretudo no segundo turno, Tasso não perdeu a oportunidade de criticar os adversários. "Eu conheço o PT desde 1986. Quando está por cima é um gentleman, qualquer coisa que o contrarie, ele dá canelada. Como a campanha foi para o segundo turno, eles saem fazendo confusão, isso está no DNA do PT", pontuou.

Fisiologismo:
Para Tasso Jereissati, a política de aliança implantada pela atual gestão do Governo Federal já ultrapassou há algum tempo, o "fisiologismo". "Da maneira que está indo, virou mesmo um balcão de negócios. Fisiologismo é quando os partidos trocavam apoio político por pedacinhos de poder aqui e acolá. Agora não, a questão é lucro mesmo e isso é muito preocupante".

Divergência:
Tasso afirmou que os tucanos que não apoiaram Serra neste segundo turno, devem ser punidos porque "no partido as pessoas têm que ter posição, clareza, ética, coerência e compromisso", acrescentando que "a linha tem que ser essa".

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