quarta-feira, 28 de julho de 2010

"HISTÓRIAS DE MINHA BARROQUINHA CONTADAS POR GOUVEIA NETO - Barroquinha por escrito I "

“Naufrágio”

Conta-se que em meados do século 19 naufragou na praia dos Remédios, um barco de onde sobreviveram apenas quatro tripulantes, dos quais nomes não foram registrados.
Conduzindo a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, trazida do barco, a qual Santa foi dada a obra do milagre na salvação no naufrágio, os quatro homens do mar embrenharam-se pelas veredas correndo todos os riscos que uma mata possa oferecer a procura de abrigo.
Comenta-se que depois de uma cansativa caminhada encontraram uma pequena vila de agricultores e caçadores que residiam em casebres de taipas cobertos com palhas de carnaúbas, comuns até hoje nesta região.
A pobre e pequena vila habitada era liderada por um homem chamado de Porfírio Dilaborão. Uma espécie de patriarca de todos os demais moradores e que residia numa casinha, semelhante às demais, situada onde hoje reside o Sr. Báo do Colega.
Todos os moradores viviam em regime de solidariedade entre os outros. Cada um trabalhava em beneficio de todos, enfrentando as secas, a fome e até mesmo as freqüentes ameaças de ataques de animais selvagens.
Pois diziam, que certa vez, alguns animais pertencentes a caixeiros viajantes estavam pernoitando embaixo de uma árvore que localizaria hoje, mais ou menos, em frente à residência do Sr. Chico Dô e Sra. Marivan, quando um dos seus animais foi arrastado por uma onça que o devorou.
Ao chegarem em Paço Imperial, pois foi esse o primeiro nome de nossa cidade, o motivo do mesmo saberemos em seguida; os quatro marinheiros ergueram a primeira capela de Nossa Senhora dos Navegantes em cumprimento à promessa que fizeram por suas vidas salvas, fixando posteriormente aqui suas residências.

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