segunda-feira, 26 de abril de 2010

"Não precisa ser bela, mas não deve ser fera."

DIZEM AS raposas que Dilma anda assustando as pessoas por onde passa: ataca José Serra com freqüência e intensidade que excedem à boa noção de medida, tornando a mensagem, ao contrário do que pretende, inverossímil.

COM ISSO, valoriza em demasia a força do adversário e agrega para si atributos negativos (intolerância, truculência) que o perfil do eleitor médio brasileiro rejeita, conforme pesquisas de opinião dos últimos trinta anos.

A LEITURA tem chegado aos ouvidos do presidente Lula, vinda de políticos com experiência eleitoral em alguns estados por onde tem passado a candidata por ele indicada com autoridade imperial nunca questionada.

TUDO BEM. Criticar aquilo que a seu juízo o adversário representa – pero sín perder la ternura jamás – e defender o governo de que participa são pautas obrigatórias do discurso de uma candidatura como a dela.

MAS NÃO DEVE esquecer que suas tarefas essenciais são agregar à sua imagem de gestora o atributo indispensável de liderança política e refletir as esperanças das pessoas, pois o que de fato interessa é o que virá.

NÃO PODE ser é “mais do mesmo”. É preciso que aponte a direção para onde as coisas deverão avançar e demonstre possuir os atributos necessários para liderar o processo – mas isso aí é samba que não se aprende na escola.

“Vale Tudo”, a novela do estaleiro.

A SEMANA começa com uma reunião de Cid Gomes com os empresários do estaleiro e sem a presença de Luizianne Lins. No melhor estilo “bateu, levou”, a prefeita foi flanar num seminário “boca livre” em New York.

COM ISTO, devolve a descortesia do governador, ausente da primeira reunião, enquanto os executivos da empresa (Promar) tentam compreender a forma peculiar como os aliados políticos se tratam no Ceará.

NÃO SE SABE ainda se o ex-secretário Antonio Balmann, agora sem cargo algum, estará à mesa de novo como se fosse parte interessada, num estilo paroquial, nada republicano, com que se portam governos sem oposição.

BALHMANN: de que lado da mesa estará?

Parecia mais, tornou-se menos.

EM ARTIGO recente, analisamos a perda de identidade política de Ciro Gomes como a causa fundamental dos constrangimentos que o deputado tem passado em sua luta por espaço na disputa presidencial.

ONTEM, LI uma frase que resume bem o que aqui foi dito (tapem o nariz, vou citar Reinaldo Azevedo): “Romper com o PSDB fez Ciro parecer maior do que era. Aliar-se ao PT, depois, o tornou menor do que efetivamente era”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário