terça-feira, 23 de março de 2010

"Candidatos são retratos da nação?"

O SARGENTÃO Hugo Chávez achou por bem alertar os brasileiros sobre a “ameaça” que representaria “para o continente” a eleição de um presidente “de direita” no Brasil, “às ordens do imperialismo”.

MERECE UMA vaia: aqui, não há candidatos “de direita” à presidência. À parte as pirotecnias retóricas de cada um, são todos de centro-esquerda, embora nenhum rejeite a presença de liberais em seus palanques. Nenhum.

TRÊS DELES – Serra, Dilma e Marina – tiveram berço político nas organizações de esquerda. Mesmo Ciro, apesar da gênese conservadora, sempre falou e agiu motivado por intenções reformistas.

EM FAVOR de todos, pode-se afirmar queforam bem sucedidos em funções executivas, promoveram ações de impacto social positivo, não pregam soluções de força para problemas institucionais e não entraram na política para fazer fortuna.

LOGO, O complexo de vira-lata dos brasileiros – genial insight de Nelson Rodrigues – sofrerá mais um golpe na sucessão. Já superamos o paradigma ruinoso da Guerra Fria que a cafonice bolivariana teima em ressuscitar.

OS BOLIVARIANOS – uma espécie de “ala das baianas” da esquerda brasileira – precisam avisar ao guia das Américas que ele logo perderá de vista o Brasil, caso continue a nos procurar pelo retrovisor.

Pessoa no muro

É ESTRANHO. Mesmo com tanto tempo como candidato declarado a governador pela oposição, Roberto Pessoa (PR) evita se posicionar sobre qualquer assunto relevante a respeito do atual governo.

NÃO SE SABE, por exemplo, qual a posição do republicano sobre temas como Acquário da praia de Iracema, estaleiro do Titanzinho e reformulação do Parque do Cocó, apenas para citar os mais polêmicos.

SÃO QUESTÕES que envolvem articulações de governo, recebem cobertura freqüente da mídia e mobilizam setores expressivos da sociedade e a opinião pública em geral. Sobre eles, todo mundo fala. Todos, menos um: o candidato da oposição!

COM ISSO, perde ele boas oportunidades de construir identidade com os eleitores com predisposição para votar em outro que não Cid Gomes – hoje, uma massa flutuante de 35% dos votos válidos, aproximadamente.

A OMISSÃO de Roberto Pessoa dá margem a dois tipos de leitura: pode ser percebido como alguém sem visão dos fatos ou, o que é pior, como quem evita se posicionar por conveniência. Nenhuma delas dá voto.
PESSOA: ninguém sabe o que ele pensa.
Auxílio providencial

SÓ MAIS UMA perguntinha.

O QUE SERÁ que o presidente Lula andou oferecendo de tão bom a Fernando Henrique em troca dos providenciais ataques que o ex-presidente tem feito a ele e ao seu governo?

PELO BEM que faz à candidatura de Dilma Rousseff, a presença em cena do mais rejeitado dos tucanos, embora combatida pelos petistas em declarações à imprensa, tem sido festejada nos bastidores.

ATÉ PARECE coisa do Duda Mendonça.

MATÉRIA IDEALIZADA PELO JORNALISTA RICARDO ALCÂNTARA.

LÁ VAI O BESTA: As matérias postadas neste blog que não são produzidas pelo Administrador, são de inteira responsabilidade de seus idealizadores.
 
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário