segunda-feira, 24 de maio de 2010

"*****O Nordestino*****"

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A seca aqui no nordeste
Virou caso de policia
Políco rouba, não investe.
Paraíso fiscal é primícia.

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Os Nordestinos sofridos
Apelam ao padim ciço
Mas não são socorridos
Pelos políticos omissos.

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A vida ele vai levando
Cabra da peste destemido
As dificuldades driblando
Satisfazendo o ego ferido.

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Por ser forte e destemido
Com vivências Ancestrais
Não se curva ao rugido
Das barreiras naturais.

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Trabalha o dia inteiro
Da manhã ao anoitecer
Não ver a cor do dinheiro
Pois só ganha para comer.

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Muitas vezes o patrão
É péssimo e de amargar
Sustenta a água e pão
Sem direito a reclamar.

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Arrenda-se terra alheia
É pagando um por três
O que tira da colheita
O patrão compra de vez.

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Se é vaqueiro de fazenda
E tira alguma sorte
Não dá para fazer emenda
O patrão compra para corte.

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Chega à época das festas
O único lazer anual
O Nordestino detesta
Pois o tratam como animal.

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Mais participa assim mesmo
É habilidoso no rodeio
Perambula nas ruas a esmo
Alisa e retorna a seu meio.

Poeta: Joaquim da Rocha

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