Tiririca, segundo a revista Época, deu indícios de que não sabe ler e escrever. Se for analfabeto sua candidatura será cassada
Essa é a terceira representação do promotor Maurício Lopes contra o candidato a deputado federal
São Paulo. O promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, entrou com duas representações, uma na Procuradoria Regional Eleitoral e outra na Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, para averiguar se o candidato a deputado federal Tiririca (PR) sabe ler e escrever, como exige a lei.
Uma reportagem publicada na revista Época desta semana revela indícios de que Francisco Everaldo Oliveira Silva, o Tiririca, não sabe ler nem escrever. Segundo a reportagem, a caligrafia do candidato nos autógrafos distribuídos aos eleitores é diferente da apresentada na declaração entregue ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) em que atesta que não é analfabeto.
O promotor utilizou a reportagem como base para as suas representações. "Fiquei escandalizado com a notícia de que o candidato pode ser analfabeto, isso é inaceitável", afirma.
Lopes acredita que o PR sabe da condição de Tiririca, mas esconde a situação do eleitorado.
Nas duas representações é pedido que Tiririca seja submetido, com máxima urgência, a um teste para comprovar que sabe ler e escrever. O promotor sugere que o candidato tenha que ler um trecho da Constituição Federal e escrever outro, por meio de ditado.
Caso seja constatado que Tiririca é analfabeto, sua candidatura é cassada. Se isso ocorrer antes da eleição, os votos computados por ele serão anulados. Porém, se ocorrer depois da eleição, os votos dele serão computados na sua coligação.
A legislação eleitoral exige que os candidatos apresentem comprovante de escolaridade. Na ausência de um documento, pode ser apresentada uma declaração de próprio punho. A lei prevê que a exigência de alfabetização do candidato pode ser aferida por meio de uma avaliação individual e reservada, caso haja necessidade.
A assessoria de imprensa do TRE-SP confirmou o recebimento da representação. E informou que o pedido será analisado nesta segunda-feira, 27.
O promotor também disse que vai protocolar um pedido contra um polêmico gibi distribuído pela campanha de Tiririca em que faz piadas, segundo ele, de mau gosto. Para ele, o gibi pode ser considerado brinde porque é distribuído.
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