Istambul. Mohammad Mostafaei, advogado da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, afirmou, ontem, que está convencido de que o governo de Teerã acabará concedendo anistia a sua cliente pela grande repercussão internacional que teve o caso.
Mostafaei fugiu do Irã para a Turquia após denunciar o caso de Sakineh em um blog, que ganhou repercussão entre governos e sociedade civil internacional. Ele fugiu para Istambul, onde foi detido por irregularidades com o passaporte. Teerã solicitou a extradição do advogado, mas o governo turco negou o pedido. O advogado deve viajar para Noruega nos próximos dias, segundo a ONG Anistia Internacional.
Mostafaei se declarou "surpreso com o apoio que o caso recebeu por parte dos governos ocidentais". Segundo ele, esta mobilização será vital para que a pena de morte ditada contra Sakineh não seja aplicada.
A iraniana de 43 anos, mãe de dois filhos, é acusada de adultério depois da morte do marido. A Lei Islâmica, que rege o Estado iraniano, prevê a pena de morte por apedrejamento para esse caso. A Justiça iraniana incluiu posteriormente a acusação de conspiração pela morte do marido.
Tamanha foi a pressão internacional contra a morte da iraniana que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu asilo humanitário a ela no Brasil. O Irã rejeitou a proposta e chamou Lula de "emotivo".
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