O senador finge ter se dado conta – “assim, de repente, entre a nova e a crescente” – de que o Ceará esteve submetido a uma oligarquia. A simulação sem limites o fez se confessar entre os mentores do modelo e declarou guerra ao espelho ao defender aposentadoria política – embora seja, ele mesmo, candidato – dos “Ferreira Gomes” e de si mesmo, o “Jereissati”, e o faz como um Nero que incendeia a cidadela ao pressentir sua derrocada.
Até aí, versões, nada mais que versões. O fato: derrotado nas urnas de 2006 por uma coligação ancorada no projeto popular do presidente Lula, o tucanato negou-se a cumprir o papel de oposição que o eleitor lhe reservou e desde cedo aninhou-se à sombra amena dos favores governistas ao preço de manter sua base municipal e ao custo de sua própria identidade. Assim, quem pouco tolerava antes, passou a fechar os olhos para muitas coisas.
Na operação intempestiva de 2006, deixaram a cabine de comando para se alojar nos porões. Foram provar carne de segunda em meio à marujada e lá ficaram até o dia em que um suprimento adicional de ração lhes foi negada. Lançados ao mar tão logo Cid Gomes se rendeu à imposição da realidade de que havia excesso de tripulantes, passaram a atirar no barco como se o tivessem abandonado e não expelidos à incerteza.
Eis o que narram os próprios fatos. O mais, versões. Nada mais que versões.
TASSO: Não saiu. Foi expelido.
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